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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Yamaha DT 50 LC - Obrigado!

Esta podia muito bem ter sido a primeira publicação aqui no blog, e seria um perfeito ritual de passagem..
Uma publicação que são vários agradecimentos, e o primeiro vai para os meus pais. Por terem confiado em mim para tirar a licença de mota aos 14 anos e ainda para mais, fazerem um esforço para oferecerem-me a mota dos meus sonhos.
Ao meu pai pela iniciativa e apoio incondicional e à minha mãe que apesar das reservas habituais que uma mãe tem pelas motas, levava-me todos dias da Moita a Setúbal e esperava dentro do carro enquanto eu tinha aulas de código e condução com o grande senhor Bernardo Vilar, figura incontornável do motociclismo todo-o-terreno em Portugal. 
 
 
A minha DT é de 1997, mas só foi minha no ano 2000. E esta fotografia foi tirada em meados desse ano, provavelmente em setembro. Lembro-me perfeitamente de a ver pela primeira vez no stand da BRR Motos, mal conseguia falar na expectativa se aquilo ia mesmo acontecer, ia mesmo ter aquela mota. Lembro-me também do dia em que a trouxe para casa, à porta do stand o meu pai perguntou-me "-Sabes conduzir com mudanças? Queres ser tu a levar?".. Claro que respondi "-Sim pai, sim!".
Foi uma viagem de terror, eheh, entre o não saber conduzir com mudanças, não fazer ideia em que mudança circulava, juntou-se o facto da mota ter sido entregue praticamente sem gasolina. "Vinha abaixo" várias vezes sem eu perceber porquê até que dei com a válvula da reserva e lá aguentou até casa. Sem esquecer que nos semáforos em Alhos Vedros, quando o sinal ficou verde, o ponto de embraiagem foi aí o 2º ou 3º que tinha feito em toda a minha vida, e levantei a roda da frente bem alta no arranque e andei meio para o lado colocando a roda da frente em cima do lancil do passeio. O meu pai ia à frente no carro a ver tudo pelo retrovisor..com certeza a pensar na asneira que tinha feito em comprar-me uma mota..
 
Aos 14 anos, ter uma DT.. ..para quem cresceu a gostar de motas acho que não preciso explicar muito mais.. Oficialmente só andava aos fins de semana, mas de vez em quando sem ninguém saber, depois das aulas e antes da minha mãe chegar a casa tirava-a da arrecadação (que não era tarefa fácil) e ia dar uma volta, corria tudo, não interessava onde ia, passava pelas mesmas ruas inúmeras vezes, o importante era andar.



 
Nunca fui de fazer cavalinhos, burros, nem animal nenhum. Nunca quis por escapes de rendimento, rabetas ou cabeças Polini. As únicas modificações foram tirar os espelhos e colocar uns piscas mais pequenos. E a maior loucura que fizemos juntos foi por duas vezes fazer a viagem Moita-Portimão pela nacional e pela Serra de Monchique. Grande aventura!
 
 
Foi em Portimão que passámos mais tempo juntos, o verão era sempre nosso! Temos montes e montes de histórias! A minha companheira de praia, desde a praia do Burgau em Lagos até à Praia da Falésia em Vilamoura, às vezes corríamos 3/4 praias no mesmo dia! Mas as preferidas eram sempre por Lagoa, Carvoeiro...Cova Redonda.
 


 
 














Conheceste mais namoradas do que a minha mãe.. Caíste mais vezes do que as que contei ao meu pai.. Obrigado por me trazeres sempre a casa, embora algumas vezes tenha ficado sem saber se fui eu que te conduzi ou tu a mim, depois de sair do Pé de Vento, do Plexus, da Horagá ou até do Vox!
 
Desta vez o fim de semana foi para te voltar a pôr no estado original, desmontámos quase tudo, limpámos, montámos piscas originais, espelhos, tudo direitinho até o estojo das ferramentas!
 
 


 
Agora ficas à espera que uma nova geração anseie por andar contigo, ver-te trabalhar, a rolar e a brilhar como sempre. Eu prometo arranjar sempre um tempinho para cuidar de ti e levar-te a passear! Até ando aí com uma ideia maluca de fazer contigo um Lés-a-Lés! :-D
 
 

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