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quarta-feira, 8 de abril de 2020

EN2 - Dia 2 - de Penacova a Mora

O descanso proporcionado pela Charrua foi soberbo, acordámos com uma vista fantástica e completamente renovados e prontos para a 2ª Etapa!
Preparámos a mota à boleia de um cafézinho de cortesia, e seguimos para a primeira paragem - Góis.


Passámos Vila Nova de Poiares mas foi em Góis que parámos para tomar o pequeno almoço na simpática Pastelaria KentiDoce. As ruas estavam em obras de requalificação por esta altura e o pó que andava no ar afastava a ideia de esplanada.

Tínhamos uns assuntos para tratar e por ser Segunda-feira, já podíamos fazer alguns telefonemas e trocar alguns mails de modo a regularizarmos a história do seguro da Bazuca. Sentámos à beira do Rio Ceira e tratámos de tudo. Podíamos seguir viagem, agora com tudo "légau".

Hoje a Etapa estava pensada com um pequeno desvio, vamos deixar por momentos a N2 e vamos conhecer as aldeias de xisto aqui próximas da Lousã. A condição era apenas recomeçar a N2 do ponto onde a tínhamos deixado para não deixar pitada para trás.

A estrada é fantástica, eu já conhecia desde a 23ª Concentração de Góis em 2016, onde fui deambulando e conheci Comareira e Aigra Nova, mas desta vez o tempo estava óptimo e sem chuva o que deu para desfrutar muito mais.

A foto da praxe na Moldura "Isto é Lousã"

Seguimos em direção ao Talasnal.. Neste desvio, era o único destino que tinha em mente que queria mesmo conhecer, o resto iria ser à descoberta!

Talasnal

Se parecer que as fotos são todas muito parecidas e tiradas no mesmo sítio...é porque é verdade, foi isso mesmo! Não esquecer que perdemos a maior parte das fotos desta viagem...há que trabalhar com o que se tem! 😅



A sairmos da Casa da Eira e já a despedirmo-nos do Talasnal, cruzámo-nos com uma equipa da Green Travel que vinha a chegar com um grupo de turistas e aproveitámos para fazer umas perguntinhas.


Queríamos saber se a estrada que tínhamos em mente fazer era segura, se era o caminho certo para passar pelo famoso baloiço, se por ali conseguíamos fazer o círculo e ir dar novamente à N342 junto a Albergaria para retomarmos a N2 onde a tínhamos deixado.

Acabámos à conversa com o Hugo Teixeira Francisco, que nos deu as indicações todas para o que queríamos fazer e ainda nos alertou para um sítio magnífico que não podíamos perder. A Ponte Filipina de Pedrógão Pequeno! Tinha estado na rota do Lés-a-Lés de 2016 e ele próprio também a tinha incluído na sua viagem pela EN2. Na altura agradecemos a dica, mas não o suficiente pois foi dos momentos mais fixes da viagem!


Entretanto no meio da serra, perdemo-nos...encontramo-nos e no final de contas não demos com o baloiço.. Agarrámos novamente a EN2 com destino a Sul, passámos Pedrógão Grande e fomos à procura da tal Ponte Filipina, se bem que a fome já apertava!

Com as indicações do Hugo foi fácil dar com a descida para a Ponte. Difícil foi convencer a pendura a descer comigo na mota. Se calhar o facto de termos a mota há dois dias não ajudou.. 😊


Ficámos deslumbrados com o spot, a beleza e a tranquilidade eram demais para ser só local de passagem. E como já vínhamos com fome, decidimos almoçar por ali. O pãozinho da KentiDoce mais a carnuncha do Côta proporcionaram-nos um almocinho 5 estrelas!









Aqui está a prova da falta de confiança no motociclista, e também a prova que é bem mais difícil subir a pé que subir de mota..
 ahahh
😂😂😂

Bem almoçados, seguimos viagem e o ponto alto da tarde ia ser a visita ao Centro Geodésico de Portugal em Vila de Rei.
Passámos a airosa ponte da Sertã, e fomos descendo um troço muito rápido até ao Centro Geodésico, que tem sempre visitantes a chegar.






Dali até Abrantes também foi um pulinho, mas quando parámos junto da Biblioteca Municipal António Botto para carimbar o Passaporte EN2, percebemos que tínhamos ainda muitos quilómetros pela frente se queríamos seguir o plano de pernoitar perto de Odivelas/Ferreira do Alentejo.

Era altura de orientar um sítio para ficar essa noite, e sentadinhos no Jardim da República pesquisámos um sítio que fosse bom, barato e com possibilidade de estacionar a mota em segurança e ir jantar a pé (Vinho-Alentejo..Alentejo-Vinho 😍).
No espírito do "dias não são dias", mas também não perdendo a cabeça..acabámos por esquecer a parte do barato e optámos por ficar num sítio muito bonito e com uma história própria - o Hotel Solar dos Lilases em Mora.





O Sr. Jaime recebeu-nos muitíssimo bem, e conversámos bastante logo à chegada. Não fosse o desconforto de estarmos encharcados da molha que apanhámos desde Montargil, e tínhamos ficado à conversa até à hora de jantar.


Jantar no Hotel não foi possível, acertámos na folga do cozinheiro. Mas ainda na saga do "dias não são dias" fomos jantar ao Restaurante Afonso logo ali ao lado. A comida era boa, o vinho também. O atendimento foi discreto e na hora em que veio a conta o pensamento foi "dass! anda um gajo a poupar...chega ao Alentejo e larga o ourinho todo!"





























Terminava assim a 2ª Etapa da viagem pela EN2.. Amanhã conquistamos o Reino dos Algarves!

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