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domingo, 26 de junho de 2016

Moto-Rali - E Depois?

 
 
Bem, depois rumei a Sul.. Este é o mapa geral do passeio. Não liguem aos kms que esses foram perto de mil, e em vez das 10h02min foi antes uma semana!!
 


Depois das despedidas dos amigos do Moto-Rali, com o estômago reconfortado pelo almoço no Centro de Artes e Cultura em Ponte de Sor, decidi abalar para Sul mesmo sem tomar uma bica. Bebo pelo caminho!..


E esta foi a primeira surpresa do caminho para Sul, uma bonita ponte sobre a albufeira do Maranhão com vista para a vaidosa Vila de Avis. Aqui fiquei com a certeza que tinha escolhido o itinerário certo, é que pela Autoestrada não se veem estas coisas..

Ainda era cedo, a viagem tinha apenas começado, então tinha de ir conhecer Avis. Vejam bem o que eu vi..


 









E este é o grande problema para quem viaja sozinho de mota. É que no final, as fotos têm todas um elemento comum. :-) Eu não me canso de olhar para ela, seja em que paisagem for, espero que vocês também não.


Gostei de Avis, e partia já com sorriso rasgado contente com a minha tarde. Próxima paragem havia de ser Pavia. Não estava nos planos, mas entrei para ver.. Conheci a Igreja Matriz e o largo da Junta onde fiquei a saber que a vila oferece uma rede de internet wireless gratuita!




 
Longe de imaginar que andava a percorrer alguns dos locais onde iria passar o 18º Lés-a-Lés, e que seria em Pavia o checkpoint dos Motards do Ocidente!
 
Não foram precisos muitos kms para de Pavia chegar a Arraiolos, a estrada sempre boa até aqui. Algumas curvas para desanuviar e umas rectas para tirar o maior. Na rotunda à entrada veem-se logo as muralhas, que surgiram como desafio..É para ali que temos de ir. Sempre a subir, até mesmo por uma estrada que tinha vejam só, degraus!
 
 










 
O castelo foi conquistado pela KLE sem grandes arrufos, e até fomos muito bem recebidos por umas senhoras que cuidavam da Igreja Nossa Sra. do Castelo. Disseram logo que estava à vontade para tirar fotografias!
 
Demos a volta às muralhas pelo caminho de terra e pensei, que bom que isto não está interdito a veículos, que belo passeio entre muralhas! Vamos lá descer então, conhecer o resto de Arraiolos e parar para abastecer!
 

Próxima paragem: Évora!

















Descubram as diferenças nas fotos! Não foi fácil encontrar o templo de Diana.. Por esta altura já tinha estado ao telefone com o meu pai, e ao falar de Arraiolos, Avis, Évora ele responde o que todos os pais respondem.. "Mas tu já tinhas estado aí em pequenino, não te lembras?.."

Tanto não me lembrava que a certa altura desisti, estacionei a mota e palmilhei a cidade pelo centro histórico até dar com o dito cujo. É que a Cidade de Évora tem uma importância turística muito relevante, e isso percebe-se logo nas ruas, quase todos são turistas! A consequência é que o centro histórico está interdito à circulação de veículos não residentes, que no papel eu concordo plenamente, mas ali naquela hora...arrrghhh...

Pousada Castelo de Alvito em Alvito
Bem, as horas passavam, o destino era Portimão e começava a ficar apertado, vamos seguir para Beja então..é a última paragem! Ou não fosse Cuba aparecer pelo caminho... De Havana pouco vi, mas não podia faltar a foto perto da placa..

Pelo caminho encontrei o IP-2 que encurtou o tempo de viagem até Beja. O cheiro da terra alentejana dizia-me que podia já ficar ali. Que não havia problema. Estava a decorrer uma qualquer feira Medieval (novidade no nosso País), mas mesmo assim nada de ruas interditas...e que ruas! Estreitinhas e povoadas com as senhoras de bata, como sempre conheci a minha avó, paradas à porta da vizinha ou "de janela", a sorrirem para quem passava.. Quase que a pedir um Boa Tarde! E eu não me fiz rogado, cumprimentei e fui cumprimentado! Esboçavam um sorriso de quem "vejam, não é de cá..veio passear à nossa terra!". Quase que aposto que se parasse a mota, ia encontrar por ali uma mesa posta com pão, manteiga e umas popias!

 




















Gostei muito de Beja, também já lá tinha estado em pequenino, mas gostei mais agora!
Precisava abastecer, e a mota também. Parei no Café Santo Amaro e pedi uma média, estava tudo animado a ver a final da Taça de Portugal entre FCP e SC Braga. Pus os telefonemas em dia para ninguém ficar preocupado e passei na bomba onde tive o primeiro susto com a KLE. Depois de abastecer e pagar, não pegava nem por nada. Alguma gasolina que ficou por queimar e estava afogada, poucos minutos depois resolveu voltar ao activo. Mas por momentos pensei...será assim..aqui em Beja?!

Estava a ficar cansado..ainda para mais troquei o café do Centro por uma média em Beja! Já chega de passeio, vamos trancar o punho e só levanto a viseira em Portimão. O IP-2 estava em remodelações, o piso era muito bom, mas por vezes só passava um sentido de cada vez.

A chegada ao IC1, é no sentido Oeste, e parecia um prémio de bom comportamento. Perto das 20h e pude assistir ao Pôr-do-Sol no horizonte como se o Alentejo estivesse a despedir de mim. Que paz..






Do IC1 até Portimão não houve surpresas, a estrada já é uma velha amiga.. E por falar em velhos amigos, a paragem seguinte foi na BP da V6, a bomba do Nice! Aí é que me apercebi da quantidade de vida animal tinha assassinado nestas horas, o Alentejo ficou livre de mosquitos por uns bons tempos!!







Durante a semana em Portimão o programa foi sempre o mesmo, praia, praia e depois praia.. Entretanto sempre que podia ia um bocadinho à praia..

Bar da Julia - Praia da Maria Luisa
Praia Baía das Mulheres (praia da Elisabete)
Restaurante/Bar Sol e Sombra na Praia da Elisabete
Praia de Santa Eulália

A semana de férias acabava mas ficava a faltar a viagem para cima.. Entre ir pelo velhinho IC1 e pela Costa Alentejana, a escolha não foi difícil. Em menos de nada estava em Bensafrim, e aí começou a diversão...que curvas!! Adoro esta estrada..Foi algures entre Bensafrim e Aljezur que a minha menina entrou nos 30...nos 30mil quilómetros! Estávamos os dois nos 30 agora..tínhamos muito mais em comum e espelhávamos maturidade.. eheh

Queria parar, beber um café..tomar o pequeno-almoço. Virei para Odeceixe, percorri as ruas com alguns turistas, mas nada me disse "pára aqui, olha aqui.." então continuei até S.Teotónio onde parei na Pastelaria AliDoce. S. Teotónio tinha muitas memórias, desde o desporto escolar que me levou até ali ainda nos anos 90, como as viagens de todos os tipos no festival Sudoeste.





Por falar em viagens lá fui eu mais para Norte pela Nacional 120, deixando Odemira e Cercal para trás. Das melhores estradas que se podem fazer de mota, se não apanharem tantas autocaravanas como eu..






Ponte sobre o Rio Mira em Odemira






























Passei por Sines, onde parecia que já estavam a preparar a chegada do FMM, Lagoa de St. André, fugi da Caveira por Comporta e só parei em Tróia.



































 
Aqui já estava de rastos.. mais uma vez esta semana, estava em cima da mota há mais de 6horas! Esperei quase uma hora pelo ferry e paguei quase 10euros.. Acho qeu valeu a pena, pelos kms que poupei e pela viagem que não fazia "desde que lá tinha ido em pequenino".. Um senhor viu-me a tirar tantas fotografias que dirigiu-se a mim e ofereceu-se para tirar uma foto À mota mas comigo em cima! Assim ficou..
 
Grande semana, grande viagem.. a primeira de muitas espero eu.. O próximo passeio já está em marcha, e não vai faltar muito!
 





 

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